Nos últimos anos, plataformas como Netflix, HBO/Max, Prime Video, Apple TV+, Disney+ e outras alteraram bastante seu modelo de negócio, de modo que o usuário sente cada vez mais o peso no bolso. Como ajuste geral, ocorreu elevação nos preços; também surgiram planos com anúncios; além disso, restrições ao compartilhamento de conta ganharam força. Essas mudanças ocorrem em meio a custos de licenciamento e produção que sobem, e embora nem sempre sejam justificadas ao consumidor, elas já fazem diferença.
Principais reajustes percebidos
Por exemplo, a HBO Max elevou o valor do plano Standard mensal de R$ 39,90 para R$ 44,90, o que representa cerca de 12,5% de aumento. Também os planos anuais sofreram aumentos mais expressivos, alguns acima de 20%.
A Netflix, por sua vez, reajustou seu plano com anúncios no Brasil: o valor subiu de R$ 18,90 para R$ 20,90. Nos planos livres de anúncios e com melhor qualidade, como Full HD ou mais telas simultâneas, o custo agora ultrapassa R$ 50 em alguns casos.
Enquanto isso, o serviço da Max (antiga HBO Max) manteve o valor do plano básico com anúncios em R$ 29,90 mensais, porém os demais planos, especialmente os mensais e anuais sem anúncios ou com mais recursos (mais telas, downloads, qualidade de imagem) apresentaram altas.
Restrições e condições extras
Além dos reajustes, várias plataformas passaram a limitar o compartilhamento de contas. Ou seja, o que antes era permitido sem grandes barreiras agora está sendo regulamentado ou cobrado como extra. Isso gera insatisfação entre usuários que já estavam acostumados a dividir o custo com familiares ou amigos.
Também há planos com anúncios como alternativa mais barata; contudo, nesses planos a experiência muda: inserções publicitárias, qualidade de imagem reduzida ou menos telas simultâneas. Ainda assim, para alguns consumidores vale mais manter um plano básico com anúncios do que arcar com mensalidades completas.

Não surpreende que muita gente esteja considerando cancelar assinaturas. Pesquisas indicam que uma parcela significativa dos brasileiros planeja cancelar ao menos um serviço de streaming em 2025 caso os preços continuem subindo ou as restrições se agravem. Também já há quem recorra ao compartilhamento, descontos combinados ou embalar dois ou três serviços menores em vez de manter o pacote completo de “streamings premium”.
Entre alternativas para economizar destacam-se: escolher planos com anúncios, optar por catálogos menores mas bem selecionados, usar períodos gratuitos ou promoções, ou ainda fazer “rodízio” de assinaturas; assinar um serviço por alguns meses, cancelar, depois assinar outro.