O James Webb mais uma vez mostrou ser um divisor de águas na astronomia e, consequentemente, na tecnologia. Recentemente, ele captou a Nebulosa da Lagosta (Lobster Nebula), que fica a cerca de 5 500 anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião.
O que vemos parece ser uma montanha laranja de poeira cósmica, porém é muito mais do que isso: é um berçário de estrelas emergindo, esculpido pelos ventos e radiação intensa de corpos gigantes e jovens. No núcleo dessa paisagem está o aglomerado Pismis 24 — com sua estrela central, Pismis 24–1, que agora sabemos ser pelo menos dois astros massivos juntos, com aproximadamente 74 e 66 vezes a massa do Sol.
Além disso, o vídeo “Zoom to Pismis 24” mostra de modo imersivo o caminho: começa por uma foto da constelação de Escorpião vista da Terra, aproxima-se da Nebulosa da Lagosta com imagens do levantamento DSS, e finaliza com a imagem em infravermelho captada pelo Webb, revelando o berçário estelar com clareza impressionante

Esse cenário não seria visível sem a tecnologia infravermelha do James Webb, que penetra nuvens densas de poeira onde nascem estrelas. E como ele faz isso? Com seus instrumentos de última geração, o Webb consegue revelar detalhes tão sutis que escancaram os processos de formação estelar.
Telescópio James Webb
O James Webb é o telescópio mais avançado já lançado. Ele opera no infravermelho, o que lhe permite enxergar através das nuvens de poeira cósmica, revelando o nascimento das primeiras galáxias e estrelas. Além disso, sua sensibilidade é tão alta que consegue captar os detalhes mais sutis do universo em formação. Por causa disso, o James Webb nos aproxima da infância do cosmos, trazendo imagens espetaculares que antes eram impossíveis.